domingo, 21 de outubro de 2012

Nossos pés abrem o caminho?


E ontem (20/10/2012) fez 4 meses que estamos (eu e meu marido) em Moçambique, comemoramos com um bom feijão preto com linguiça calabresa, algo muito raro de se achar por aqui, que veio diretamente de Maputo (capital de Moçamba) acompanhado de alguns tipos de queijo e 3 temakis que mataram 2 das minhas lunbrigonas rs!
Hoje estivemos na Ilha de Moçambique, lugar mágico onde a energia e as ruínas faz eu me sentir em casa, por mais distante e diferente que seja e esteja a minha. Almoçamos espetada de camarão com lula, tomamos 3 vinhos brancos da adega José Maria da Fonseca (português), conversamos muito, brindamos horrores e falamos muitas besteiras, como sempre. Tudo isso no Relíquias, restaurante em frente ao mar, que sabe ser aconchegante e que tem um cardápio que demoramos minutos para escolher o que queremos e quase nunca há disponível o prato de nossa escolha.
Seguimos para ver o pôr do sol no pier e molhamos (eu e Lili) nossos pézinhos na escada que acaba no mar. Entre taça quebrqada, crianças querendo um trocado e fim de cigarros paramos no Ancoradouro, padaria maravilhosa que serve o melhor iogurte natural de coco com granola que já provei em vida. Lá, não só a vontade de escrever, mas o ato de tal veio à tona. Conhecemos um casal, ele americano, ela brasileira de Baurú – SP, ambos missionários morando em Moçambique a 9 anos, sem ajuda financeira e a igreja dela, que a proporcionou essa oportunidade, nem existe mais no Brasil. Contaram muitas histórias de suas lutas, conquistas e saudades da família que ela não vê faz 2 anos, mas o que mais nos chamou atenção foi a dificuldade de tentar viver e transformar a vida de alguns moçambicanos. Como nós, sofrem com a corrupção de militares no trânsito, em aeroportos e também dos Indianos que muitas vezes se acham “donos”de moçambique e acredito que se assim se intitulam é porque alguém ou algum órgão os fez acreditarem piamente nisso.
Enfim, aqui há muitas pessoas interessantes, perdidas, achadas ou seja lá como for, mas vivendo no mesmo momento que nós e algumas das mesmas diversidades. E isso nos causa um inquietação muito maior do que o objetivo que nos trouxe aqui. De uma forma ou de outra, todos aprenderam a adorar Moçambique e querer fazer daqui um país melhor para todos. De que forma? Ainda estou a pensar, mas se tiver um palpite realmente bom e agregador agradecemos ;)
Bjinhos liS =0)


Nenhum comentário:

Postar um comentário